Marcha à Frente

03:31 Postado por Geremias Pignaton

Ontem, os oito ministros presentes a sessão do Supremo Tribunal Federal votaram a favor da liberdade de manifestação e do direito de reunião. Assim, como naquela velha canção de Caetano, proibiram proibir a marcha da maconha, movimento que ocorre em todos os cantos do mundo pleiteando a legalização do uso da Canabis sativa.
O Supremo, de uns tempos para cá, vem tomando decisões que levam nossa democracia a evoluir com mais rapidez. Essa decisão de ontem é uma delas.
Onde já se viu uma democracia onde os cidadãos são proibidos de contestar uma lei? Podemos falar mal do congresso, dos políticos, do presidente, mas não podemos contestar as leis que são emanadas deles?
Não sei se sou favorável a liberação da maconha. Houve época em que era totalmente a favor -acho que depois que me tornei pai fiquei mais careta. Tenho hoje ainda a inclinação de continuar sendo favorável à liberação do uso por achar demais o Estado proibir o cidadão de ingerir alguma coisa.
O Estado pode e deve educar e informar a sociedade sobre os possíveis malefícios do uso das drogas, tanto os malefícios pessoais quanto os malefícios sociais, mas não deveria atuar na penalização do usuário.
Curioso nisso tudo é que o pensamento conservador quer liberalizar a economia, deixar a droga do dinheiro e do mercado à solta, diminuir o Estado nesse aspecto, mas que ele seja grande para tutelar o cidadão a ponto de penalizá-lo por ingerir alguma substância.
O Estado deve sempre estar no ponto de equilíbrio, permitindo que o cidadão evolua, juntamente com sociedade.

1 comentários:

  1. Guti Lanschi disse...

    Há anos atrás quando um cara batia na mulher ou espancava os filhos não acontecia nada. Hoje as leis civis penalizam os que agem assim. Antes, não era crime matar e escravizar índios e negros. Evoluímos! Viva a evolução!Todo cidadãp tem o direito de expressar sua opinião seja ela agradavel ou não. "Posso não concordar com o que dizes mas defendo o seu direito de dizê-lo".