Madrugada Negra

15:30 Postado por Geremias Pignaton

Ontem fiquei até 1h30 da madrugada assistindo à sessão do Supremo Tribunal Federal que julgou o caso Roriz e que, por conseguinte, também avaliou a constitucionalidade e a eficácia da Lei de Ficha Limpa.
Perdi mais da metade de minha tranquila noite de sono.
Eles chegaram ao final empatados. Voou juridiquês para tudo que é lado, expressões latinas complicadas foram lançadas para todos os cantos e, no fim, quando chegou-se ao empate de 5 x5, parecia uma reunião de condomínio de 5ª categoria, todos falando ao mesmo tempo sem nenhum ordenamento regimental ou, no mínimo, regra de boa educação.
Vira e mexe, vejo um ministro desses criticando o Congresso Nacional pelo comportamento de alguns parlamentares. Pois eles são iguais. Ontem, no final da sessão, pareciam piores.
Aliás, eles não têm nenhum respeito com a pontualidade. Marcam intervalo de 20 minutos e demoram mais de hora.
Ao final, ao verem a impossibilidade de decidirem, diante do impasse gerado pelo empate, tentavam marcar uma reunião extraordinária para continuar buscando uma definição. Um dizia que ia viajar, que tal dia não podia, que na segunda-feira tinha um compromisso, outro dizia que na sexta não dava. E a nação inteira ansiosa por uma definição.
Resultado: o Roriz, aqui em Brasília, retirou sua candidatura e pôs a esposa no seu lugar. Uma gozação com todo mundo, um escárnio com o eleitor, dando prosseguimento à sessão do STF.



Se Roriz eleger a esposa, Brasília e Ibiraçu terão algo em comum: o coronelismo explícito.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...

    Pode,pois, a matéria näo foi paga.Foi cortesia do jornal do papagaio.Nessa hora é muito bom ter amigo na imprensa...

  2. Guti Lanschi disse...

    Em minha opinião é uma falta de responsabilidade deixar um assunto de tamanha importância, num momento delicado pela proximidade das eleiçoes, pendente. Essa questão de ficha suja é para ontem!