Sionismo

03:19 Postado por Geremias Pignaton

Lula foi muito criticado por não ter ido visitar o túmulo do Pai do Sionismo, o judeu austríaco Theodor Herzl. O governo brasileiro alegou que não havia previsão na agenda. Normalmente, numa visita dessa, a agenda é feita de comum acordo entre os dois governos. O fato é que os judeus conservadores, que estão instalado no atual governo de Israel, não gostaram nada da omissão do Lula.
O Sionismo é um movimento político que surgiu na Europa, sobretudo no leste europeu, há muito tempo, pregando dar aos Judeus um território para estabelecerem um estado. Era uma reação ao anti-semitismo.
A aversão aos Judeus vem de milênios. O novo testamento criou essa aversão nos cristãos. Inicialmente entre os católicos, depois também nos protestantes. Sabe-se que Martinho Lutero era um anti-semita roxo e declarado. A imagem dos assassinos de Cristo persegue esse povo até hoje.
Essa aversão, ao longo da história, sempre ganhou contornos sanguinários. Os cruzados, na idade média, antes de partirem para a Terra Santa afim de libertarem-na do jugo mulçumano, faziam um treino de matança na própria Europa e dizimavam os judeus. Esse exercício se estendia ao longo do caminho. Os Pogrons na Rússia tornavam as noites banhadas com sangue de milhares de inocentes que tinham o azar de pertencerem ao povo judaico. Culminou com a solução final de Hitler, um esforço de estado, sistematizado, uma máquina de extermínio.
Depois do holocausto, com a vitória dos aliados, o sionismo que era um movimento quase que exclusivo de esquerda e que já tinha, por meio de migração em massa, ocupado grande parte do território palestino, ganhou força política e moral.
Foi criado, então, em 1948, com o aval da poderosa Inglaterra , que detinha o controle da área, com a bênção também da ONU e de todos os vencedores da guerra -USA incluídos, é claro - o hoje conhecido Estado de Israel.
Para isso, foram tirados de suas terras milhares e milhares de famílias Árabes/Palestinas que lá moravam há quase dois mil anos.
Isso gerou o conflito que hoje vemos por lá. O objetivo de dar um lar seguro e pacífico para os judeus não foi atingido. Ao contrário, gerou uma briga que põe o mundo todo em instabilidade. De lá para cá, três guerras de estado contra estado ocorreram, fora a permanente tensão de guerrilha que se vive na região.
Nestes nossos dias, a tensão aumenta porque o Irã, governado por uma teocracia xiita, age no sentido de mexer com energia nuclear. Todos pensamos que eles pretendem fazer bombas nucleares para jogar em Israel. Estamos todos com medo.
Lula, tentando aparecer ainda mais para o mundo, tentando fincar sua imagem de líder mundial, quer discutir com os conflitantes seus problemas. Quer fazer diferente do que tem feito os outros interlocutores. Quer dar voz e vez nas negociações aos líderes árabes e anti-sionistas, quer pôr todos na mesa de negociação. Esse pessoal, desde Camp David em 1977, que não discute seriamente suas desavenças.
A oposição no Brasil ri de Lula. Acha que ele está fazendo um papel ridículo e que jamais irá conseguir qualquer coisa. Ele, entretanto, sabe que, se não conseguir nada, não será um fiasco. Muitos "melhores do que ele" não conseguiram também.
Nós, do povo, perguntamos: isso é problema nosso? É sim, é problema de toda a humanidade. É problema que o mundo enfrenta há mais de 60 anos e não consegue resolver.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...

    RESOLUÇÃO DA ONU

    Recordando sua Resolução 1.904 (XVIII), de 20 de novembro de 1963, na qual se proclamou a Declaração das Nações Unidas sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial e, em particular, na afirmação de que “toda doutrina de diferenciação ou superioridade racial é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa”, e a expressão de sua inquietude “pelas manifestações de discriminação racial que ainda existem no mundo, algumas das quais são impostas por determinados governos mediante disposições legislativas, administrativas ou de outra índole.”

    Recordando também que, em sua resolução 5.151 G (XXVIII), de 14 de dezembro de 1973, a Assembléia Geral condenou, entre outras coisas, a aliança ímpia entre o racismo sul-africano e o sionismo.

    Tomando nota da Declaração do México sobre a Igualdade da Mulher e sua Contribuição para o Desenvolvimento da Paz, proclamado pela Conferência Mundial do Ano Internacional da Mulher, celebrada no México, DF, entre 19 de junho à 02 de julho de 1975, na qual se promulgou a princípio de que “a paz e a cooperação internacionais exigem a concretização da libertação nacional e a independência, a eliminação do colonialismo, do apartheid e da discriminação racial em todas as formas, assim como o reconhecimento da dignidade dos povos e seu direito à livre determinação.”

    Tomando nota, ademais, da Resolução 77 (XII), aprovada pela Assembléia dos Chefes de Estado e de Governo da organização da Unidade Africana, em seu 12º período ordinário de sessões celebrado entre 28 de julho e 1º de agosto de 1975, durante a qual se considerou que “o regime racista na Palestina, ocupada e os regimes racistas em Zimbabwe e na África do Sul têm como origem imperialista comum, constituem um todo, apresentam a mesma estrutura racista e estão organicamente vinculados em sua política destinada à repressão da dignidade e integridade do ser humano.”

    Considerando, ademais, a Declaração Política e Estratégica para fortalecer a paz e a segurança internacional e reforçar a solidariedade e a ajuda mútua dos países não-alinhados, aprovada na Conferência de Ministros das relações Exteriores dos Países não-alinhados, celebrada em Lima, entre 20 e 30 de agosto de 1975, na qual se condenou da maneira mais enérgica o sionismo como uma ameaça à paz e à segurança internacional e se opusessem a essa ideologia racista e imperialista.

    Declara que o sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial.

    (texto aprovado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10/11/95, por 72 votos contra 34, e 32 abstenções).

  2. Anônimo disse...

    O sionista Bernard Lazare, que atuava em Paris ao final do século XIX, escreveu palavras libertárias:
    "Se a hostilidade e aversão contra o judeu tivessem acontecido num único país e numa determinada época, seria fácil determinar as razões desta raiva. Mas ao contrário, essa raça é desde muito o alvo do ódio de todos os povos, no seio dos quais ela viveu. Como os inimigos dos judeus pertenceram às mais diversas raças, as quais habitavam regiões distantes entre si, tinham diferentes leis, dominadas por valores antagônicos, nem tinham os mesmos costumes, nem os mesmos hábitos e possuídos de espíritos distintos, então a origem comum do Anti-semitismo deve recair mesmo sobre Israel, e não naqueles que o combateram.